Esclarecimentos sobre Drogas
Droga é qualquer
ingrediente ou substância química, natural ou sintética que provoca alterações
físicas e psíquicas numa pessoa. As drogas naturais são obtidas em plantas e em
minerais, as drogas químicas são obtidas em farmácias (lembrando que todo
medicamento é droga e faz mal se usado incorretamente) e drogas sintéticas que
são fabricadas em laboratórios.
As drogas circulam pelo corpo e entram na corrente sanguínea
causando dependência, problemas circulatórios, cerebrais e respiratórios,
compulsão e vários outros fatores que, iguais a estes citados, podem levar
à morte.
Hoje, os principais usuários de drogas são adolescentes de 16 a
18 anos que começam a usá-las por curiosidade, influências, pelo prazer que
elas proporcionam, pelo fácil acesso e pelo desejo de que elas resolvam seus
problemas.
Os usuários podem ser classificados em:
- Usuário experimental, que usa drogas pouquíssimas vezes e não
se fixa em nenhuma.
- Usuário ocasional, que usa drogas em determinadas situações.
- Usuário habitual, que começa a ter o hábito rotineiro de usar
drogas.
- Usuário dependente, que não consegue ficar muito tempo sem
usar drogas.
- Usuário de abuso, que usa drogas de forma compulsiva, enquanto
tem ele está usando.
- Usuário crônico, que é aquele em que a droga passa a ser parte
da sua vida ,sendo o fator mais importante.
O uso de drogas é considerado crime previsto no Código Penal
Brasileiro cujas penalidades variam de seis meses a dois anos de prisão.
DROGAS E SEUS EFEITOS
Intitulamos “droga” qualquer substância e/ou ingrediente
utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc.; um pequeno comprimido
para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga.
Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra
substância tóxica que leva à dependência como o cigarro e o álcool, que por sua
vez têm sido sinônimo de entorpecente.
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que
ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida,
injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e
atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a
reações agressivas.
O que
leva uma pessoa a usar drogas?
Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam
um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais
comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares),
coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou
aguentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por
sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de
acesso e obtenção e etc.
O Cigarro ou tabagismo:
Atualmente, são aproximadamente 1,2 bilhão de fumantes em todo o
mundo, sendo que 38 milhões vivem no Brasil.
Uma das mais de 4500 substâncias que um único cigarro contém – a
nicotina – interage com receptores neurais, que liberam substâncias como a
dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação de
prazer imediata.
Mais viciante que drogas como álcool, cocaína, crack e
morfina; a nicotina atinge o cérebro em até vinte segundos: tempo bem mais rápido que o princípio
ativo de qualquer outra destas drogas. Assim, a probabilidade de um indivíduo
se tornar dependente da nicotina é muito alta, com crise de abstinência
bastante incômoda, que geralmente se inicia minutos depois do último trago,
sendo as grandes responsáveis pela dificuldade de um fumante em interromper o
uso do cigarro. Esta situação é tão séria, e triste, que não é raro vermos
pacientes fumantes em estágio terminal, implorando desesperadamente por mais um
trago.
Gás carbônico, monóxido de carbono, amônia, benzeno, tolueno,
alcatrão, ácido fórmico, ácido acético, chumbo, cádmio, zinco, níquel dentre
muitas outras substâncias são encontradas no cigarro. estas são responsáveis
pelo aumento dos riscos que esses indivíduos têm de desenvolver problemas de
saúde como cânceres, doenças coronarianas, má circulação sanguínea, enfisema
pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebrais, úlceras, osteoporose,
impotência, catarata.
Como algumas destas são liberadas no ar, juntamente com a
fumaça, pessoas que convivem com fumantes estão também sujeitas. Há também a
tromboangeíte obliterante, doença de ocorrência única entre fumantes, e que
obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos.
Além disso, o cigarro é considerado o maior poluente de
ambientes domiciliares; é responsável pela derrubada de árvores e queimadas em
prol do plantio do fumo e fabricação de lenha para abastecimento de fornalhas
para o ressecamento das folhas; contamina os solos pelo uso de agrotóxicos; e é
o causador de inúmeras queimadas, graças ao descarte indevido de suas bitucas.
Diante destes fatos, não é de se admirar que o cigarro seja
considerado um dos maiores problemas de saúde pública (e ambiental) que nossa sociedade
enfrenta na atualidade.
Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o
cigarro somente provocaria reações no organismo após um grande período de uso,
porém estudos recentes desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a
real força do cigarro no organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por
um fino papel que se queima após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do
homem.
Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o
primeiro cigarro na boca já apresentam reações significativas no organismo que
provocam a dependência por um período de até dois dias depois, idéia que se
aplicava somente aos fumantes de longa data. O curioso é que um cigarro
consegue suprir, em fumantes iniciantes, a necessidade do organismo em relação
à droga por até uma semana, o que não acontece com fumantes de longa data.
Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue
aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no
hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois
dias após ter fumado um único cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da
droga no organismo. A manifestação da dependência à droga ocorre por causa das
adaptações que o organismo faz para recebê-la na busca por manter seu
equilíbrio químico e funcional.
Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem
a necessitar de um novo cigarro em um curto período, ou seja, em um prazo de
duas horas o organismo já deixa o indivíduo inquieto, irritado e ansioso
fazendo com que busque a calmaria no cigarro.
Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem abandonar
o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após esse
volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo
de uma só vez e não gradualmente como muitos fazem.
O Álcool:
O
principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é
antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez
que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas
apareceram depois, com o processo de destilação.
Apesar
de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela
sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo
causar dependência e mudança no comportamento.
Quando
consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, já que esse
excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo
(quadro de dependência).
Os
efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que
deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo
momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos
agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração,
vasos e estômago.
Em
caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência,
caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.
A Cocaína:
A Erythroxylon
coca é uma planta encontrada na América Central e
América do Sul. Essas folhas são utilizadas, pelo povo andino, para mascar ou
como componente de chás, com a função de aliviar os sintomas decorrentes das grandes
altitudes. Entretanto, uma substância alcaloide que constitui cerca de 10%
desta parte da planta, chamada benzoilmetilecgonina, é capaz de provocar sérios
problemas de saúde e também sociais.
Na primeira fase da extração do alcaloide, as folhas são
prensadas em ácido sulfúrico, querosene ou gasolina, resultando em uma pasta
denominada sulfato de cocaína. Na segunda e última, utiliza-se ácido clorídrico,
formando um pó branco. Assim, neste segundo caso, ela pode ser aspirada, ou
dissolvida em água e depois injetada. Já a pasta é fumada em cachimbos, sendo
chamada, neste caso, de crack. Há também a merla, que é a cocaína em forma de
base, cujos usuários fumam-na pura ou juntamente com maconha.
Atuando no Sistema Nervoso
Central, a cocaína provoca euforia, bem estar, sociabilidade. Pelo fato de que
nem sempre as pessoas conseguem ter tais sensações naturalmente, e de forma
intensa, uma pessoa que se permite utilizar esta substância tende a querer usar
novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente.
O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se
dilata. O consumo de oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo, diminui.
Este fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o usuário
pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares,
náuseas, calafrios e perda de apetite.
Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato este denominado
tolerância à droga, o usuário tende a utilizar progressivamente doses mais
altas buscando obter, de forma incessante e cada vez mais inconsequente, os
mesmos efeitos agradáveis que conseguia no início de seu uso. Dosagens muito
frequentes e excessivas provocam alucinações táteis, visuais e auditivas;
ansiedade, delírios, agressividade, paranoia.
Este ciclo torna-o também cada vez mais dependente, fazendo de
tudo para conseguir a droga, resultando em problemas sérios não só no que tange à sua saúde,
mas também em suas relações interpessoais. Afastamento da família e amigos, e
até mesmo comportamentos condenáveis, como participação de furtos ou assaltos
para obter a droga são comuns.
Além de provocar, em longo prazo, comprometimento dos músculos
esqueléticos, existem ainda os agravantes recorrentes da forma de uso. Cocaína
injetável, por exemplo, pode provocar a contaminação por doenças infecciosas,
como hepatite e AIDS, e infecções locais. No caso daqueles que inalam,
comprometimento do olfato, rompimento do septo nasal e complicações
respiratórias, estas últimas também típicas dos fumantes, incluindo aí bronquite,
tosse persistente e disfunções severas. Gestantes podem ter bebês natimortos,
com malformações, ou comprometimento neurológico.
Romper com a droga é difícil, já que o indivíduo tende a se
sentir deprimido, irritadiço, e com insônia. Assim, quando um usuário opta por
deixá-la, deve receber bastante amparo e ser incentivado neste sentido. É
necessária ajuda médica, tanto no processo de desintoxicação quanto tempos
depois desta etapa.
O Crack:
O crack é preparado a partir da extração de uma substância
alcaloide da plantaErythroxylon
coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada
benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando
origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal
droga é fumada em cachimbos.
Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também
relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada
vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e
carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes
sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000
pessoas são dependentes, somente no Brasil.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar
sensações de prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo.
Outra faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando
se encontra em altas concentrações.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.
Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e
autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a
vida em um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu
uso (suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes,
comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a
este último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e
outras DSTs e, como o sistema imunológico dos dependentes se
encontra cada vez mais debilitado, as consequências são preocupantes.
Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda
profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, e apoio da família.
Há pacientes que ficam internados por muitos meses, mas conseguem se livrar
dessa situação.
A Maconha:
Planta herbácea de clima quente e úmido, originária da Índia, a
maconha (Cannabis
sativa) pertence à
família Moraceae e pode atingir até 5 metros de altura. Possui folhas digitadas
e flores pequenas, amarelas e sem perfume. É uma planta dioica que apresenta
talos com flores femininas e talos com flores masculinas.
Substâncias
da maconha
A planta da maconha contém mais de 400 substâncias químicas, das
quais 60 se classificam na categoria dos canabinoides, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde. O
tetra-hidrocarbinol (THC) é um desses canabinoides e é a substância mais
associada aos efeitos que a maconha produz no cérebro. A concentração de THC na
planta depende de alguns fatores, como solo, clima, estação do ano, época da
colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso, condições de plantio,
genética da planta, processamento após a colheita, etc., por isso
os efeitos podem variar bastante de uma planta para outra.
Depois de consumir a cannabis, a
pessoa pode apresentar alguns efeitos
físicos, como memória prejudicada, confusão
entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, mas com pouco equilíbrio e
força muscular, perda da coordenação, aumento dos batimentos cardíacos,
percepção distorcida, ansiedade, olhos avermelhados por causa da dilatação dos
vasos sanguíneos oculares, boca seca e dificuldade com pensamentos e solução de
problemas.
As pessoas que fumam maconha também estão suscetíveis aos mesmos
problemas das pessoas que fumam tabaco, como asma, enfisema pulmonar, bronquite
e câncer.
Dependência
Afinal, a maconha causa ou não dependência?
Muitos estudos estão sendo feitos a respeito desse assunto, mas
ainda não se sabe ao certo se a maconha causa ou não a dependência. Por causa
da dificuldade de se quantificar a maconha que atinge a corrente sanguínea, não
há doses formais de THC que causam dependência. Acredita-se que a dependência
aumenta conforme o período do uso.
Francisco
Pinheiro de Morais
Pastor
Presidente da IEADESE
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus
Em Serra
Negra do Norte/RN
http://www.brasilescola.com/drogas/esclarecimentos-sobre-drogas.htm
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